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28 de junho

Uma revolução que brilha mais que o Sol

Uma revolução que brilha mais que o Sol

Em abril de 2015, a Escola Municipal Professor Milton Magalhães Porto, em Uberlândia (MG), abria suas portas para receber o Greenpeace Brasil. Junto a um grupo de Multiplicadores Solares, levamos 48 placas fotovoltaicas que foram instaladas em seu telhado. Naquele momento, a escola passou a gerar energia por meio de um sistema fotovoltaico. A conta de luz, os professores, os alunos e o ensino por ali nunca mais foram os mesmos.
Um ano depois, é fácil ver a revolução que a energia solar proporcionou. Para celebrar a data, nós do Greenpeace voltamos à Uberlândia para um evento junto à comunidade e representantes da prefeitura. Uma das conquistas que merecem comemoração foi a redução de mais de 70% nas contas de luz. A outra, foi ver os professores e crianças falando em sala de aula sobre a importância da energia solar para o Brasil. Se não esses futuros adultos, quem mais deve propagar a mensagem sobre o país que queremos?

“Num mundo em que a gente liga a tevê e só vê notícias ruins, é muito bom ver que o maior fruto da nossa ação é a transformação no ensino dessas crianças. Ver que elas estão aprendendo desde cedo como podemos construir um futuro mais renovável, socialmente justo e com a melhor utilização de nossos recursos”, disse Bárbara Rubim, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, durante o evento.

Durante esses doze meses gerando parte da eletricidade que consumiu, a Escola Municipal Milton Porto deixou de gastar o equivalente a R$ 15 mil. Até outubro de 2016, o valor deve chegar a R$ 20 mil. E todo esse dinheiro não será apenas registrado como uma economia. Será revertido em melhorias da estrutura e do ensino. É um acordo com o prefeito Gilmar Machado e uma das condições para que o projeto acontecesse. “Essa escola é um exemplo para toda a cidade de Uberlândia e para todo o Brasil. Precisamos levar isso para o máximo de escolas possíveis”, afirmou.

Segundo a diretora pedagógica da Milton Porto, Isabel Carrijo, uma das ideias para aproveitar a verba que a escola receberá é fazer passeios e projetos de campo. “Fora da escola, os alunos poderão aprender muitas coisas novas com a vivência prática. Queremos, por exemplo, leva-los para conhecer a companhia de abastecimento de água do estado e falar ainda mais sobre a importância da economia de água e outras questões ambientais”, diz.

Isabel descreve como a instalação das placas também foi incorporada na pedagogia da escola. Nas aulas de matemática, por exemplo, as contas de luz antes e depois da chegada do sistema fotovoltaico são um elemento extra. E com elas, as crianças aprendem a fazer contas de subtração, porcentagem e a entender gráficos. “Na aula de geografia, nós explicamos que nossa escola foi escolhida para receber as placas devido sua posição que favorece a incidência dos raios solares”.

Mas uma nova forma de se gerar energia não está só nas aulas da escola Milton Porto. Ou em seu telhado. Está nas paredes, na forma de cartazes que explicam o funcionamento de placas fotovoltaicas e falam sobre preservação da natureza. Estão em miniaturas de cidades dos sonhos – maquetes que simulam cidades inteiramente abastecidas pela luz do Sol. Cidades revolucionárias que poderão se tornar realidade se mais e mais pessoas apoiarem projetos que levem a energia solar para todos.

Fonte: greenpeace